Ambliopia é um termo oftalmológico para baixa visão que não é corrigida com óculos. Isso quer dizer que a causa desse déficit não está especificamente no olho, mas sim na região cerebral que corresponde à visão e que não foi devidamente estimulada no momento certo. Também é chamada de “olho preguiçoso” e afeta 1 a 2% da população, sendo a principal causa de baixa visão nas crianças.

É um problema sério e que pode passar desapercebido pela criança ou pelos pais, por isso triagens visuais para as crianças são tão importantes. Se não tratado antes dos 7 ou 8 anos de idade, deixa déficit visual que afetará a criança por toda a vida, impedindo-a de exercer profissões ou atividades que dependam da visão binocular.

Tipos de Ambliopia

Refracional: um ou ambos os olhos tem a imagem borrada por um erro refracional (grau) não percebido e não tratado, fazendo com que os olhos não desenvolvam sua capacidade de enxergar.

Ambliopia por privação: qualquer obstáculo à formação de imagem nítida na retina, como a catarata congênita, ptose palpebral, hemangiomas entre outras.

Estrábica: a criança “usa” apenas um dos olhos (o que está alinhado) e o olho desviado não se desenvolve pois o cérebro precisa suprimir a imagem deste para que a criança não apresente visão dupla.

Tratamento

Esta é a principal razão de se fazer exames oftalmológicos rotineiros em crianças que aparentemente não apresentam nenhum problema. Se detectado precocemente podemos corrigir e a criança desenvolver visão normal na maioria dos casos.

Devemos primeiramente corrigir a causa, propiciando imagem retiniana clara, com o uso de óculos, cirurgia de catarata entre outras.

A seguir devemos forçar a criança a usar o olho preguiçoso o que geralmente é feito com o uso de oclusores oculares (tampão) sobre o olho bom.

O estrabismo costuma ser corrigido geralmente após o tratamento da ambliopia.

Podemos algumas vezes usar colírios que “embaçam” a visão do olho bom e forçam a criança a usar o amblíope. Podemos fazer isto também com o uso de óculos mas a oclusão continua sendo o melhor tratamento na maioria das vezes.

Medicações orais estão em estudo para se tentar melhorar os resultados dos tratamentos e poderão ser uma alternativa para crianças mais velhas.

 

Fonte: Centro Brasileiro de Cirurgia de Olhos –  CBCO

 

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