Olho Humano: Anatomia, Histologia e Fisiologia

 

O olho humano é um complexo sistema óptico capaz de distinguir até 10 mil cores.

Os olhos apresentam como funções principais a visão, nutrição e proteção.

Ao receber a luz, os olhos a convertem em impulsos elétricos que são enviados ao cérebro, de onde são processadas as imagens que vemos.

As lágrimas, produzidas pelas glândulas lacrimais, protegem os olhos de poeiras e corpos estranhos. O ato de pestanejar também contribui para manter o olho sempre hidratado e limpo.

Nem as câmeras fotográficas mais modernas chegam perto da complexidade e perfeição dos olhos ao capturar imagens.

 

Anatomia e Histologia dos Olhos

 

Os olhos apresentam forma de uma esfera com 24 mm de diâmetro, 75 mm de circunferência, 6,5 cm3 de volume e peso de 7,5 g. Eles estão protegidos em cavidades ósseas no crânio chamadas órbitas e pelas pálpebras.

Assim, eles ficam protegidos de lesões e as pálpebras impedem a entrada de sujeiras. A sobrancelha também dificulta a passagem de suor para os olhos.

Histologicamente, os olhos são formados por três camadas ou túnicas: externa, média e interna.

Quando olhamos na direção de algum objeto, a imagem atravessa à córnea e chega à íris, que regula a quantidade de luz recebida por meio de uma abertura chamada pupila. Quanto maior a pupila, mais luz entra no olho. Passada a pupila, a imagem chega ao cristalino e é focada sobre a retina.

A lente do olho produz uma imagem invertida, e o cérebro a converte para a posição correta. Na retina, mais de cem milhões de células fotorreceptoras transformam as ondas luminosas em impulsos eletroquímicos, que são decodificados pelo cérebro.

Inspirado no funcionamento do olho o homem criou a máquina fotográfica. Portanto, em nossos olhos a córnea funciona como a lente da câmera, permitindo a entrada de luz no olho e a formação da imagem na retina. Localizada na parte interna do olho, a retina seria o filme fotográfico, onde a imagem se reproduz.

A pupila funciona como o diafragma da máquina, controlando a quantidade de luz que entre no olho. Ou seja, em ambientes com muita luz a pupila se fecha e em locais escuros a pupila se dilata com o intuito de captar uma quantidade de luz suficiente para formar a imagem.

 

  • Órbita

É uma cavidade óssea que contém o globo ocular, os músculos, os nervos e os vasos sanguíneos, assim como as estruturas que produzem e drenam as lágrimas. Cada órbita tem forma de pera e a sua estrutura é formada por vários ossos.

 

  • Cílios

São pelos localizados na borda da pálpebra e servem para proteger o olho de materiais em suspensão no ar, como a poeira.

 

  • Conjuntiva

Membrana transparente que reveste a parte anterior do olho e a superfície interior das pálpebras.

 

  • Córnea

É o tecido transparente que cobre a pupila e a íris. Junto com o cristalino, a córnea ajusta o foco da imagem no olho que pelas suas dilatações e contrações, permite entrar mais ou menos luz através da pupila para o interior do olho.

 

  • Coróide

Camada média do globo ocular. Constituída por uma rede de vasos sanguíneos, ela supre a retina de oxigênio e outros nutrientes.

 

  • Corpo Ciliar

Localizado atrás da íris o corpo ciliar é responsável pela formação do humor aquoso e pela acomodação, ou seja, mobilidade do cristalino.

 

  • Cristalino

Lente transparente e flexível, localizada atrás da pupila. Funciona como uma lente, cujo formato pode ser ajustado para focar objetos em diferentes distâncias, num mecanismo chamado acomodação.

O cristalino é uma lente natural que foca os raios de luz na retina, especialmente na fóvea central da mácula

 

  • Esclera

Camada externa do globo ocular – parte branca do olho. Semirígida, ela dá ao globo ocular seu formato e protege as camadas internas mais delicadas.

A esclerótica é a camada fibrosa e resistente que reveste o globo ocular, onde se vão inserir os músculos óculo-motores.

 

  • Fóvea Central

Porção de cada um dos olhos que permite perceber detalhes dos objetos observados. Localizada no centro da retina, é muito bem irrigada de sangue e possibilita, através das células cônicas, a percepção das cores.

 

  • Humor Aquoso

Líquido transparente que preenche o espaço entre a córnea e o cristalino, sua principal função é nutrir estas partes do olho e regular a pressão interna.

 

  • Humor Vítreo

O humor vítreo, também conhecido por corpo vítreo do olho ou simplesmente por vítreo, é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células, que se encontra no segmento posterior, entre o cristalino e a retina, sob pressão, de modo a manter a forma esférica do olho.

Qualquer alteração no estado ou pressão do humor vítreo pode afetar de alguma forma a visão. Com o avanço da idade, o liquido fica menos espesso, ou seja, mais líquido. Tal condição pode favorecer, por exemplo, o descolamento de retina, além do surgimento de doenças como o glaucoma, que aumenta a pressão dentro do olho, fazendo com o que o liquido pressione o nervo óptico, situação que pode causar cegueira.

 

  • Íris

Íris é a parte colorida dos olhos (castanhos, azuis, verdes…). A íris de cada pessoa é exclusiva: ela ganha forma e cor no período de gestação, um processo biológico aleatório e com variáveis genéticas.

É a área circular e colorida do olho que circunda a pupila e controla a quantidade de luz que entra no olho. A íris permite que entre mais luz no olho (aumentando ou dilatando a pupila) quando o ambiente está escuro e deixa que entre menos luz (diminuindo ou contraindo a pupila) quando o ambiente tiver muita luz. Portanto, a pupila se dilata e se contrai como a abertura da lente de uma câmera conforme muda a quantidade de luz no ambiente imediatamente em seu redor. O tamanho da pupila é controlado pela ação do músculo do esfíncter pupilar e músculo dilatador da pupila.

Por trás da íris, encontra-se o cristalino. Ao mudar de forma, o cristalino concentra luz na retina. Com a ação de pequenos músculos (chamados músculos ciliares) o cristalino aumenta de espessura para que o olho focalize os objetos próximos e fica mais fino para focalizar os objetos distantes.

 

  • Mácula Lútea

mácula ou macula lútea (do latim macula, “ponto” + lútea, “amarelo”) é um ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano. Tem um diâmetro de cerca 1,5 mm. Do ponto de vista histológico, tem duas ou mais camadas de células ganglionares.

A mácula por ser muito importante para a visão contém uma maior densidade (o dobro) de fotorreceptores do que o resto da retina.

Na mácula, os pigmentos amarelos “luteína” e “zeaxantina”, também são encontrados em maior quantidade. Acredita-se que esses pigmentos ajudem na filtragem de ondas luminosas curtas, protegendo os fotorreceptores como se fossem óculos de sol. Esses dois pigmentos são também os responsáveis pela cor amarelada da mácula.

O centro ultraespecializado da mácula é denominado de “fóvea” e é a região de máxima acuidade visual da mácula.

  

  • Fóvea                             

A fóvea constitui-se numa depressão no centro da mácula, com aproximadamente 1,5 milímetros de diâmetro onde não são encontrados bastonetes, apenas uma concentração de cones vermelhos e verdes junto com seus respectivos neurônios.

Como a fóvea é a região de máxima acuidade visual da mácula, seu suprimento de oxigênio não pode ser realizado através do sangue como no resto da retina. No centro da fóvea existe uma zona foveal avascular, onde existe literalmente um buraco na rede de capilares que supre o resto da retina. Essa avascularidade permite a penetração de luz nos fotorreceptores.

 

  • Músculos Ciliares

Ajustam a forma do cristalino. Com o envelhecimento eles perdem sua elasticidade, dificultando a focagem dos objetos próximos e provocando presbiopia.

 

  • Músculos Extrínsecos

Conjunto de seis músculos responsáveis pelo movimento dos olhos. Trabalham em sincronismo, entre si, propiciando a movimentação simultânea dos olhos. Caso ocorra alguma alteração neste sincronismo teremos a deficiência ocular chamada estrabismo.

 

  • Nervo Óptico

É a estrutura formada pelos prolongamentos das células nervosas que formam a retina. Transmite a imagem capturada pela retina para o cérebro.

 

  • Pálpebras

Consideradas anexos oculares, tem como função proteger o olho na sua parte mais anterior. Através da sua movimentação (piscar), espalha a lágrima produzida pelas glândulas lacrimais, umedecendo e nutrindo a córnea e retirando substâncias estranhas que tenham alcançado o olho.

 

  • Pupila

Controla a entrada de luz: dilata-se em ambiente com pouca claridade e estreita-se quando a iluminação é maior. Esses ajustes permitem que a pessoa enxergue bem à noite e evitam danos à retina quando a luz é mais forte.

 

Sua função é receber ondas de luz e convertê-las em impulsos nervosos, que são transformados em percepções visuais.

A retina é uma camada interior do globo ocular, sensível aos estímulos luminosos. A retina tem muito poucos vasos sanguíneos, para não distorcer as imagens que lhe são projetadas. Assim, por ter poucos vasos sanguíneos e ter grande atividade metabólica, precisa de ser alimentada por outra camada de revestimento do globo ocular, a coroide, que é ricamente vascularizada.

A retina contém os nervos que percebem a luz (fotorreceptores) e os vasos sanguíneos que a nutrem. A parte mais sensível da retina é uma área pequena, designada mácula, que tem milhões de fotorreceptores bem unidos entre si (do tipo chamado cones). A alta densidade dos cones na mácula gera uma imagem visual detalhada, do mesmo modo que uma câmera digital de alta resolução tem mais megapixels.

Cada fotorreceptor está ligado a uma fibra nervosa. As fibras nervosas dos fotorreceptores se agrupam para formar o nervo óptico. O disco óptico, a primeira parte do nervo óptico, está localizado na parte posterior do olho.

Os fotorreceptores da retina convertem a imagem em impulsos elétricos, os quais são transmitidos ao cérebro pelo nervo óptico. Há dois tipos principais de fotorreceptores: cones e bastonetes.

Os cones são os responsáveis pela visão precisa, central e detalhada e pela visão em cores, estando agrupados principalmente na mácula.

Os bastonetes são responsáveis pela visão periférica (lateral) e pela visão noturna. Os bastonetes são mais numerosos do que os cones e bem mais sensíveis à luz, mas não registram a cor nem contribuem para a visão central detalhada como fazem os cones. Os bastonetes ficam agrupados, sobretudo, nas áreas periféricas da retina.

 

Úvea

É composta pela coroide, o corpo ciliar e a íris. A coroide não só fornece a alimentação para a retina, como também tem abundantes melanócitos. Os melanócitos são as células produtoras de melanina, pigmento escuro (também existente na pele, dando a sua coloração), que absorve a luz em excesso que poderia prejudicar a formação da imagem na retina.

 

Veja aqui como funciona o olho

 

 

Fontes: Oftalmologia BHHospital de Olhos

 

 

O conteúdo dessa página tem caráter informativo.
Consulte seu médico para diagnóstico, possível tratamento e receitar medicamentos ou suplementos.