A Retina Humana
♦ Fundo do Olho
♦ Mácula e Fóvea
A retina converte as ondas luminosas em impulsos nervosos que podem ser decodificados pelo cérebro.
A retina é uma camada fina de células fotorreceptoras que recebem a luz. Essas células estão associadas a neurônios, capazes de converter a luz em impulsos nervosos, que são enviados ao cérebro através do nervo óptico.
De forma simplificada, podemos dividir a retina em três estruturas importantes:
- Fotorreceptores
- Epitélio pigmentar da retina (EPR)
- Membrana de Bruch
A coroide, camada mais profunda ricamente vascularizada, é separada da camada de células epiteliais (EPR) pela membrana de Bruch.
O EPR por sua vez conecta-se com as células fotorreceptoras sensíveis à luz. É importante lembrar que tanto o EPR como as células fotorreceptoras não contêm vasos sanguíneos. A nutrição da parte externa da retina é feita através de vasos da coroide, enquanto que, a porção mais interna, é feita pelos ramos da artéria central da retina. As veias seguem a distribuição das artérias.
Funções da estrutura da retina
Cada estrutura retiniana possui uma função específica.
Células fotorreceptoras – Transformam radiação luminosa em impulsos nervosos.
Células epiteliais (EPR) – Formam uma barreira entre a coroide e a retina externa, nutrindo as células fotorreceptoras e processando resíduos provenientes das mesmas.
Membrana de Bruch – Permite a passagem de nutrientes e produtos de excreção entre a coroide e a retina externa.
A coroide é uma camada de vasos sanguíneos que fornece oxigênio e nutrientes para a retina externa, incluindo os fotorreceptores.
As células fotorreceptoras ou apenas fotorreceptores são como anteriormente mencionado, células nervosas especializadas na captação de luz. Os fotorreceptores podem ser divididos em dois tipos:
- Bastonetes
- Cones
Os bastonetes são sensíveis à baixa intensidade de luz. São por esse motivo necessários para a visão noturna. São também sensíveis ao movimento, porém não distinguem cores. Por essa razão que, quando num ambiente com pouca luz, nós não somos capazes de identificar cores e sim apenas tonalidades mais acinzentadas.
Os cones por sua vez, necessitam maior quantidade de luz e podem por isso distinguir cores e detalhes finos. Cada um dos três tipos de cone é sensível a um tipo de luz (vermelha, amarelo-verde ou azul-violeta). Os cones são estimulados apenas pela luz brilhante.
Existe uma maior concentração de cones na mácula, permitindo uma visão mais detalhada dos objetos e a visão central. Dessa forma, a melhor acuidade visual sempre será obtida olhando diretamente para um objeto que esteja sob boa luz.
⇒ O Fundo do Olho
Compreenda estruturas importantes dentro do fundo de olho.
- Disco óptico:
O disco óptico é o local onde o nervo óptico penetra na esclera, coroide e retina. Ele não contém fotorreceptores, formando assim um ponto cego na retina.
- Vasos retinianos:
As artérias retinianas penetram a retina através do disco óptico trazendo nutrientes e oxigênio. Pelo disco óptico saem também as veias retinianas, transportando produtos de excreção das células da retina.
A Mácula e a Fóvea
A mácula é uma área especializada no centro da retina responsável pela visão nítida.
A mácula por ser muito importante para a visão contém uma maior densidade (o dobro) de fotorreceptores do que o resto da retina.
Na mácula, os pigmentos amarelos “luteína” e “zeaxantina”, também são encontrados em maior quantidade. Acredita-se que esses pigmentos ajudem na filtragem de ondas luminosas curtas, protegendo os fotorreceptores como se fossem óculos de sol. Esses dois pigmentos são também os responsáveis pela cor amarelada da mácula.
O centro ultraespecializado da mácula é denominado de “fóvea” e é a região de máxima acuidade visual da mácula.
A fóvea constitui-se numa depressão no centro da mácula, com aproximadamente 1,5 milímetros de diâmetro onde não são encontrados bastonetes, apenas uma concentração de cones vermelhos e verdes junto com seus respectivos neurônios.
Essa concentração de cones é responsável pela maximização da acuidade visual na região da fóvea.
Como a fóvea é a região de máxima acuidade visual da mácula, seu suprimento de oxigênio não pode ser realizado através do sangue como no resto da retina. No centro da fóvea existe uma zona foveal avascular, onde existe literalmente um buraco na rede de capilares que supre o resto da retina. Essa avascularidade permite a penetração de luz nos fotorreceptores.
Fonte: Optivista