A Retinopatia Hipertensiva resulta de alterações sofridas pelos vasos da retina em doentes com hipertensão arterial. As mudanças observadas na retina, resultantes da retinopatia hipertensiva, são mudanças ocorridas na circulação arterial e arteriolar como consequência da pressão arterial elevada.

Para além da retinopatia hipertensiva, a retinopatia diabética é uma doença ocular causada por altos valores de açúcar (glicemia) no sangue (diabetes) e que também é responsável por provocar danos nos vasos da retina. A retinopatia diabética apresenta uma incidência superior à retinopatia hipertensiva, resultando mesmo numa das principais causas de cegueira nos adultos.

 

Causas da retinopatia hipertensiva

Como o próprio nome indicia, entre as principais causas da retinopatia hipertensiva está a hipertensão arterial.

 

Sintomas na retinopatia hipertensiva

Nas fases iniciais, a retinopatia hipertensiva pode não apresentar sintomas (assintomática). Com o evoluir da doença, começam a surgir os primeiros sinais e sintomas. Por este motivo, o doente com hipertensão arterial não deve esperar pelo aparecimento de sintomas visuais, devendo realizar exame de fundo ocular, pelo menos uma vez por ano.

Com o agravar da doença vários sinais e sintomas vão surgindo, sendo que os mais frequentes são a diminuição da acuidade visual, fotofobia 9 sensibilidade à luz) e cefaleias (dores de cabeça), entre outros.

 

Classificação da retinopatia hipertensiva

Segundo a classificação modificada de Scheie, podemos identificar os seguintes graus de retinopatia hipertensiva:

 

  • Grau 0 – sem alterações;
  • Grau 1 – estreitamento arteriolar mínimo;
  • Grau 2 – estreitamento arteriolar óbvio com irregularidades focais;
  • Grau 3 – para além do observado no grau 2, observa-se hemorragia e/ou exsudados da retina;
  • Grau 4 – para além do observado no grau 3, ocorre edema da papila.

 

A retinopatia hipertensiva não tem cura. Contudo, os doentes que padecem da doença, desde que esta tenha sido corretamente diagnosticada e a causa da retinopatia tratada, podem levar uma vida perfeitamente normal.

 

Tratamento da retinopatia hipertensiva

Na retinopatia hipertensiva, o tratamento depende do grau ou estágio da doença. O tratamento é efetuado, essencialmente, através do controlo da tensão arterial e de outros fatores de risco, designadamente, diabetes, colesterolemia e discrasias sanguíneas.

O objetivo no tratamento é o controlo e prevenção da doença de base (hipertensão arterial). Desta forma, é possível limitar ou reverter os danos causados na retina. Para o efeito é necessário existir um controlo eficaz dos valores da hipertensão arterial, tomando todas as medidas ao nosso alcance através de tratamentos médicos, e hábitos mais saudáveis.

 

Fonte: Prof. Doutor Manuel Monteiro, médico oftalmologista

 

 

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