Quais são os tipos de colírios?

Há uma variedade de colírios disponíveis no mercado e cada um deles é indicado para o tratamento de um problema específico. A seguir, vamos conhecer os tipos, suas indicações e seus possíveis efeitos colaterais.

 

  • Lubrificantes

Esse colírio costuma ser também chamado de “lágrimas artificiais”, isso porque ele exerce a mesma função da lágrima em nosso organismo, que é a de lubrificar os olhos de modo a impedir o seu ressecamento.

 

Costuma ser indicado para pacientes que, em razão de alguns fatores (clima seco, poluição, exposição contínua ao ar-condicionado ou a telas de celular, computador e televisão, uso de lentes de contato, produtos químicos, cosméticos, raios ultravioletas, entre outros), sofrem com os sintomas provenientes da secura ocular.

 

Pode também ser prescrito para aqueles que relatam sintomas de síndrome do olho seco, transtorno cuja causa deriva de questões orgânicas, ou seja, não guarda nenhuma espécie de relação com fatores externos.

 

Apesar de serem considerados inofensivos e serem vendidos sem receita médica, a maioria dos colírios lubrificantes têm conservantes em sua fórmula. Esses conservantes, quando entram em contato com os olhos, podem provocar reações alérgicas ou piorar o quadro de ressecamento.

 

  • Vasoconstritores

Conhecidos também como descongestionantes, os colírios vasoconstritores atuam na diminuição de vermelhidões e de irritações leves motivadas por rinites, resfriados, corpos estranhos, água de mar e piscina etc., visto que auxiliam na contração dos vasos sanguíneos locais.

 

A melhora da vermelhidão é visível e quase instantânea após a sua aplicação. Assim como os lubrificantes, não são controlados por meio de receita. Contudo, o seu uso é particularmente perigoso para pacientes que têm problemas respiratórios e cardíacos ou para aqueles que tomam antidepressivos.

Somado a isso, a utilização incorreta do produto pode provocar perda das propriedades elásticas dos vasos sanguíneos, fazendo com que os olhos fiquem permanentemente vermelhos.

 

  • Antibióticos

Prescritos em casos de conjuntivite bacteriana, infecções na córnea e pós-operatório, uma vez que auxiliam no combate aos processos infecciosos. Com frequência, os colírios antibióticos são acompanhados do uso dos anti-inflamatórios, o intuito é o de maximizar o tratamento e aliviar os desconfortos provenientes da infecção.

 

Esse medicamento só pode ser vendido com receita médica e como efeitos colaterais podemos citar o aumento de resistência das bactérias — tornando o paciente mais suscetível a outras doenças infecciosas — e o maior risco de úlcera na córnea.

 

  • Anti-inflamatórios

Como o próprio nome já diz, esse tipo de colírio é indicado para tratar inflamações derivadas de pós-operatório, ceratite ou alguns casos de conjuntivite viral. Há duas categorias de colírios anti-inflamatórios: os hormonais (que contêm corticoides) e os não-hormonais.

Os que contêm corticoides em sua formulação são apropriados para tratamento de problemas mais graves de inflamação. Eles são considerados mais agressivos e seu uso prolongado pode causar perfuração na córnea e aumento de pressão intraocular.

 

  • Antialérgicos

Aconselhado para alívio dos sintomas (vermelhidão, coceira, inchaço e irritação) da conjuntivite alérgica. Como os sinais são bem parecidos com a da conjuntivite bacteriana ou viral, é necessário consultar um oftalmologista para efetuar o diagnóstico correto. Assim como outros antialérgicos, a utilização do produto durante o tratamento pode provocar sonolência.

 

  • Anestésicos

Aplicados por profissionais antes da realização de procedimentos oftalmológicos (inclusive cirurgias), pois agem de forma a diminuir a dor e a sensibilidade ocular. Não é indicado para alívio de sintomas momentâneos de dor, ou seja, devem ser administrados apenas em ambiente hospitalar.

Como eles retiram a sensibilidade dos olhos, os cuidados após o seu uso devem ser redobrados. Isso porque a pessoa pode coçar o olho até machucar, correndo o risco de causar sérios danos à córnea.

 

  • Antiglaucomatosos

Receitado especificamente para tratamento de glaucoma. A sua função é a de reduzir a pressão sanguínea dos olhos e os pacientes devem utilizá-lo diariamente para conter a doença e evitar o agravamento do quadro (que pode levar à cegueira).

Conforme pudemos verificar, as funções e os tipos de colírios são variados e, ao contrário do que muitos imaginam, eles não são inofensivos. Por isso, nunca recorra à automedicação e visite regularmente o seu médico oftalmologista.

 

 

Fonte: Prof. Dr. Alexandre Rosa

 

O conteúdo dessa página tem caráter informativo.

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